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A Cultura da Produtividade: Tempo, Saúde Mental e a Importância do Ócio

O mundo não para, e graças a essa sensação, nos vemos imersos na cultura da produtividade. É um sentimento constante de escassez de tempo, que nos empurra a fazer mais, a ser mais produtivos, e acreditar que nunca é suficiente. Mas será que essa mentalidade nos leva ao "sucesso" ou à exaustão?


Pressão disfarçada: Burnout silencioso

É uma pressão disfarçada que nos traz a "necessidade" de fazer cada vez mais em menos tempo. Só que não podemos ignorar o desequilíbrio que isso causa à nossa saúde mental. O #burnout tornou-se uma epidemia silenciosa, muitas vezes ignorada. Muitos de nós nos vemos frente a uma batalha contra a exaustão e o esgotamento.


Para muitos, encontrar equilíbrio entre trabalho, vida pessoal e saúde mental é um verdadeiro desafio. Não podemos julgar o sucesso de alguém com base apenas em sua produtividade, pois cada um de nós tem uma jornada única.


É essencial considerar que o tempo é relativo. As tarefas de uma mãe que não tem uma rede de apoio, por exemplo, tem um peso diferente quando colocadas ao lado de alguém que conta com ajuda. Sendo assim, a percepção de produtividade varia, e é injusto medir a "produtividade" com a mesma régua para todos. 


Contextos e entregas diferentes

Nesse contexto, a gente precisa entender que nem todos tem oportunidades iguais para cuidar da saúde mental. Existem dificuldades reais para encontrar tempo para cuidar de si mesmo. A falácia da saúde mental “a qualquer custo” pode ser perigosa. Por isso, devemos lembrar que a busca pelo bem-estar deve ser adaptada às situações individuais.


Além disso, não dá para deixar de mencioanr o cenário em que as empresas falam sobre bem-estar, mas não o aplicam verdadeiramente em sua cultura de trabalho.


O bem-estar não deve ser apenas um slogan, mas sim uma parte essencial da cultura corporativa. É fundamental que os profissionais avaliem com cuidado as organizações que promovem o bem-estar e garantam que elas estejam genuinamente comprometidas em apoiar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. 


Para os profissionais autônomos, o desafio é real - e um tanto diferente. A liberdade de ser seu próprio chefe pode muitas vezes levar à dificuldade de estabelecer limites e ao risco de se tornar um workaholic. O equilíbrio é fundamental, mesmo quando você é responsável pelo seu próprio tempo. Sendo assim, dentro da rotina de trabalho, encontrar um tempinho para descansar e cuidar do corpo e da saúde mental é um cuidado a ser tomado.


Porque viver o ócio é tão desafiador?

Mas e quanto à dificuldade de "não fazer nada"? O ócio, muitas vezes mal compreendido, é um componente crucial para nossa saúde mental.


Estudos comprovam que momentos relaxantes e de desconexão podem aumentar nossa criatividade, produtividade e bem-estar emocional. Afinal, as grandes ideias muitas vezes surgem quando permitimos que nossas mentes descansem.


É aqui que a cultura da produtividade muitas vezes falha. Sentir falta ou culpa por estar em um momento de lazer ou apenas de descanso é comum, mas precisamos entender que esses momentos são essenciais para recarregar nossas energias e manter um equilíbrio saudável.


Precisamos quebrar o estigma de que “fazer muito nunca é suficiente”, ou isso pode causar problemas sérios. A verdadeira produtividade não significa trabalhar sem parar, mas sim trabalhar de maneira inteligente e eficiente, priorizando o autocuidado.


Nossa jornada profissional pode ser uma busca pela excelência, mas também pelo equilíbrio e pelo bem-estar, compreendendo que o tempo é relativo. 


 
 
 

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